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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O que afinal as pessoas querem?


Presenciei uma situação que me fez refletir e pensar muito sobre o que de fato as pessoas querem de suas vidas. Em outros tempos me juntaria a elas e também faria minha crítica e ajudaria o circo fazer pegar fogo (risos), mas hoje e após ter aprendido por experiências , o melhor é apenas ouvir sem sequer emitir opinião para que essa não volte contra mim. Há tempos não ouvia um profissional ter tanta convicção e propriedade em seu discurso. Confesso que fiquei impressionado. Um momento único onde dois grupos distintos (embora de mesma classe) partilharam para relaizar esse grande encontro. Discorreu de forma muito agradável as ilustrações, metáforas e interações. Após a conclusão, eu como sempre observador e "escutador" (risos), dirigi-me com um determinado grupo para a saída e por instantes mesmo parecendo ausente prestava atenção em suas conversas. Penso que um momento como o que tivemos hoje onde poderíamos somar, refletir, concordar e até mesmo discordar, rico em possibilidades e idéias geralmente é o que mais se sente falar de sua necessidade e quando ela surge o que acontece? "Não gostei", "Nossa!!! Poderia ter sido melhor". Indignações, exaltações e menções, mesmo diante à um momento proporcionado por dois líderes com a finalidade de nos trazer a à luz novos conhecimentos, saberes e como tudo isso pode estar relacionado. E a ética onde fica? Afinal, querem momentos de partilha, comunhão para dividirem seus comentários maldosos?
Sinceramente não sei o que pensar, quanto mais penso mais me apavoro, pelo fato de que mais uma vez vivenciei o tempo sendo disperdiçado por outros enquanto um oportunidade de novas idéias e experiências são abafadas por suas arrogâncias e pontos de vistas sem fundamento. O que de fatos todos queremos? A garantia de nossos direitos ou apenas gerir privilégios em torno de nossos próprios umbigos?

Borboletas (Mario Quintana)

Nunca tinha parado para pensar no que esse poema realmente me queria dizer, apenas gostava dele por empolgação pela última frase. Hoje relendo tive um click, daqueles que aparecem do nada, sem motivo aparente. Passei por algo muito forte nos últimos anos que tem muito a ver com esse texto simples feito por um homem de tão bela literatura. Dedico especialmente à uma pessoa espetacular, maravilhosa, um anjo que passou por minha vida e me ajudou ser o que sou hoje. Serei eternamente grato...


BORBOLETAS
Mário Quintana

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
terça-feira, 29 de junho de 2010

Ser criança

Maurício de Souza é uma das pessoas que melhor sabe representar o mundo da criança em minha opinião, por isso tomo emprestado sua referência. Hoje me deparei com um turma de quase quarenta crianças em uma sala de aula que deveria comportar bem menos. De repente comecei num paralelo de como era diferente ser criança comparado a hoje. Correr pelo pátio, brincar de mãe de pega, ver as meninas pulando elástico e os meninos no "burico", bolinha de gude, trepando em árvores, subindo e descendo na gangorra, balançando, girando, criando um mundo que na vida real inexiste, curtindo cada momento sem se preocupar com o tempo e com os compromissos. Voltando ao mundo real (risos), vejo que apenas querem saber de celulares de ultimíssima geração, mp3, mp4, mp1000, rostos de meninas que querem ser mulheres logo, extremamente pintados e buscando uma forma de chamar a atenção em meio a meninos que nem sequer importam-se com isso, e esquecendo que a fase em que estão é tão maravilhosa que mal veem isso. No instante que divagava por esse turbilhão de contrastes vi uma coisa que eu fazia quando estava iniciando o ensino fundamental e que não via há tempos: dois alunos brincando de forca. Pode? (risos) Achei um máximo e me aproximei deles observando por um longo tempo. Lembrei da animação Wall E que em meio a toda frieza do mundo, escondido em algum lugar, havia um fiozinho de esperança, uma plantinha delicada e guardada a todo custo por aquele simpático robozinho.
A infância vem e não se dá tanta importância. O melhor é ser adulto logo e pronto e quando chegam a isso pensarão "puxa vida, como era bom ser criança". Pois é, passou e rápido agora é torcer para que as crianças que estão por vir não cometerem o mesmo erro e incentivá-las para que aproveitem o mundo mágico da infância...

Nossa vida ilustrada...

Nossa vida se ilustrada, desenhada ou redigida seria simplesmente assim...

A Gentileza de um novo caminho...

Ué!!! Onde andam tantas palavras boas, positivas que como uma mãe nos estende a mão para caminhar? Onde estão os carinhos, cafunés, afagos que nos fazem sonhar com mais um belo dia? Bem, não pensem que lhes darei as respostas, pois, certamente cada encontrará a que melhor couber. Palavras gentis estão quase que extintas mas foi através de uma delas que me proporcionou ânimo de criar esse espaço o qual espero juntamente com meus afins crescer e disseminar toques simples, temperos sutis, aromas adoráveis de nosso dia-a-dia que frequentemente deixamos perder pro entre nossas mãos marcada por um capitalismo voraz onde "quem não almoça pode virar a refeição seguinte". Dizem que palavras movem montanhas. Devem mover também a humanidade, aliás, movem para onde ninguém quer ir, estar mas não se dão conta que ja fazem parte desse universo. Mas por que escrevo sobre tudo isso agora se mencionei ainda acima sobre palavras gentis? Simples resposta... Porque sou fruto da ausência de palavras simples, adoráveis e amáveis mas que nunca deixei morrer, exaurir, simplesmente sumir e graças a um simples estalo... PUFT... renasce como a fênix, renovada pela chama da gentileza que tenho certeza pode guiar qualquer um todos os dias seja por qual caminho for, pois enquanto existir pessoas que guardem tais palavras como o maior tesouro do mundo nossos passos serão sempre iluminados e essa luz que nos leva a caminhar disseminará seu calor, seu carinho e a semente que gerou tudo isso... a gentileza...
Anseio poder contribuir seja de que modo for para que passemos a enxergar nossas vidas com mais simplicidade e não esquecer tesouros tão preciosos guardados em nossos corações. Gentis de mãos dadas, querendo mais e mais que essas sementes crescam, floresçam e nos tragam bons frutos por onde quer que deixemos nossas marcas, nossas felicidades, nossos sonhos...